5 Perguntas que podem mudar a nossa vida

5 Perguntas que podem mudar a nossa vida

É nosso hábito querer respostas para todas as nossas perguntas. O problema não são as respostas impróprias. Estas respostas são o resultado das perguntas mal feitas. Se queremos ter as respostas certas, temos de fazer as perguntas certas. É muito importante saber fazer as perguntas.

Jonas Salk o cientista que desenvolveu a vacina contra a poliomielite, disse:” A resposta para qualquer problema existe. Só temos de fazer a pergunta certa para obter a resposta”. Vou escrever algumas perguntas mal feitas.

Primeira pergunta mal feita: “Quando acabará esta crise?”

A pergunta certa é: “Quais são as oportunidades que esta crise traz?”

Se esperarmos que a crise acabe para podermos agir, vamos dar-nos mal. A crise pode acabar para o ano que vem ou até mesmo daqui a dois ou três anos. Não depende só e nós. Mas depende sim de aceitar-mos o desafio de nos adaptar-mos ás circunstâncias e darmos a volta por cima.

Costuma-se dizer que um navio é feito para navegar em mar tranquilo como no mar agitado, qualquer que seja o tempo ele chega ao seu destino. Uma empresa que não tenha sofrido pelo menos uma crise, não se vai saber defender quando essa crise vier. A crise, quando é notada a tempo reforça os anticorpos da organização e das pessoas tornando-as mais ágeis.

Uma empresa inteligente vai saber tirar proveito da crise como uma oportunidade. Oportunidade de mudar a sua forma de atuar, de lançar novos projectos e produtos, racionalizar métodos e processos e estabelecer novas alianças e parceiros.

A crise dá a oportunidade de subir de “burro” para “cavalo”.

Segunda pergunta mal feita: “Como posso ganhar dinheiro com a minha profissão?” 

A pergunta certa é: “Que coisas novas devo aprender para poder ganhar mais dinheiro?”

Na era da globalização da economia o saber estagna rapidamente. Aprender é mais importante do que saber. Se permanecer-mos apenas no saber, sem reciclagem constante, o conhecimento fica “morto”.

O saber é vaidoso e arrogante, julga-se autossuficiente e autossatisfeito, pois pensa que sabe muito e que não precisa de novo conhecimento. O aprender é humilde, e está sempre a aberto a inovações, é criativo, curioso, maleável, e quanto mais sabe mais quer saber.

Terceira pergunta mal feita: “Como garantir o meu emprego nesta empresa?”

A pergunta certa é: “Quanto estou a ser útil e necessário a esta empresa?”

A resposta a esta pergunta dá-lhe o grau de estabilidade e segurança que precisa na organização. Mesmo assim é bom relembrar que o dono da empresa não somos nós, mas sim a empresa para quem trabalhamos. A empresa pode dispor a vaga quando quiser, mesmo que sejamos úteis ou necessários.

A verdadeira segurança não está no emprego, está na nossa competência, capacidade de trabalho, iniciativa e coragem. Se formos assim não faltará emprego seja onde for. Este é o conceito de empregabilidade.

Quarta pergunta mal feita: “O que devo fazer para que alguém me dê uma grande oportunidade profissional?” 

A pergunta certa é: “Como desenvolver a autoconfiança que faz as grandes oportunidades profissionais aparecerem?”

Se a sua procura está focada só na oportunidade que os outros lhe dão, está sempre entre a segurança e a insegurança, dependendo da situação na altura.

Autoconfiança é a certeza da vitória apesar das evidencias externas. Não faltam grandes oportunidades para pessoas assim, pois a autoconfiança é a chave do sucesso.

Quinta pergunta mal feita: “O que fazer para eu poder viver com o meu salário?”

A pergunta certa é: “Quanto eu realmente valho?”

A resposta pode não ser animadora, podemos acabar descobrindo que o salário é alto para o que fazemos. Quem acredita que vale cinco, dez vezes, ou mais o seu salário, certamente deve estar a fazer algo significativo e diferente do que a grande maioria faz, porque qualquer trabalho em que uma pessoa pode ser facilmente substituída, apenas está garantida a sua sobrevivência.

Quem acredita que vale mais do que ganha é porque investe na sua capacidade profissional, nas suas habilidades de se relacionar com pessoas e equipas, está decidido a correr certos risco, deve ter desenvolvido a iniciativa e capacidade de decisão, deve ter investido no marketing pessoal, na sua autoconfiança e motivação.

Caso tenhamos feito isso tudo e continuamos a receber um salário “injusto”, falta-nos dar o passo mais importante, a coragem mudar e procurar novos rumos. Convém lembrar que o nosso salário reflecte quase sempre não nos nossos sonhos, mas no que estamos realmente a fazer hoje.

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